Manter viva a tradição: O ciclo da lã
O Workshop de Artes Decorativas do SAVI Horizontes, realizado mensalmente, ganhou em julho um toque especial de tradição e partilha. Durante dois dias, os/as participantes mergulharam no fascinante ciclo da lã, numa formação descontraída que nos levou da tosquia ao novelo, resgatando saberes ancestrais.
A atividade foi dinamizada pela fisioterapeuta Ana Babo, no âmbito do projeto ComunityCloth, integrado no programa Erasmus+ e promovido pelo Coletivo Saber Fazer. Apaixonada pelos processos artesanais e pela preservação da tradição, Ana guiou-nos com entusiasmo por este mundo têxtil tão rico quanto esquecido.

Aprendemos sobre as ovelhas e as espécies que existem em Portugal, animais que facultam ao ser humano 3 produtos uteis: lã, carne e leite. Observamos a técnica da tosquia, a qual consiste na remoção da lã, geralmente na primavera, para dar conforto e promover a saúde da ovelha, e aproveitar este material para a produção de têxteis.
Experimentamos fazer a lavagem, processo de remoção do lixo, gordura e outras impurezas, colocando a lã em água a 65.º com detergente da louça, durante alguns minutos, passar por água limpa e depois deixar a secar.
Experimentamos fazer a cardação, o que pode ser comparado a pentear a lã depois de lavada, com o objetivo de abrir as fibras e colocá-las de forma uniforme.

Tentamos experimentar fiar, utilizando a roca ou fuso, processo que transforma a lã cardada em fio, e verificamos que só a experiência permite conseguir um bom fio.
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Conversamos ainda sobre a tecelagem, crochet e tricot, que permite transformar o fio em têxteis variados, desde mantas até camisolas. Em relação à tecelagem, cada um pôde experimentar num tear algumas combinações para criar alguns padrões.

Conversamos ainda sobre a tecelagem, crochet e tricot, que permite transformar o fio em têxteis variados, desde mantas até camisolas. Em relação à tecelagem, cada um pôde experimentar num tear algumas combinações para criar alguns padrões.

No final, a pergunta que se impôs foi espontânea:
“E agora Ana, quando voltas?”
Um sinal claro de que esta formação não foi apenas um momento de aprendizagem, mas também um reencontro com a simplicidade e beleza do que é feito à mão, com tempo e alma.
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